sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O horror na mídia



[Trabalho da disciplina de Audiovisual e Tecnologias - UNISINOS]

O gênero do horror, ou terror como costumamos dizer, sempre exerceu forte fascínio sobre os leitores e cinéfilos de plantão.

Na literatura, o horror aparece desde os mais remotos tempos, visto que a própria Bíblia narra catástrofes e pragas que se abateram sobre a humanidade.

No cinema, o primeiro filme considerado como de terror foi produzido pelo mestre George Mélies em 1896, “Le manoir Du Diable”.
Diferentemente do que acompanhamos hoje, “A mansão do diabo” contava com pouquíssimos recursos de efeitos especiais, o que era compensado com criatividade e talento por Mélies e sua equipe. Eles utilizavam truques de ilusionismo, lentes diversas, e cortes bem planejados nos negativos, transformando-os em obras primas.

O horror no cinema e na literatura serviu muitas vezes como metáfora para medos reais da sociedade. No pós 2ª guerra, o filme “Invasores de corpos” (1956) explora a temática da invasão alienígena representando o medo, à época iminente, de uma dominação comunista.

Veja a linha do tempo do horror no cinema:

Mais recentemente, surgiram as chamadas mashups literárias, que misturam clássicos da literatura mundial às estórias de zumbis, vampiros e alienígenas. Inaugurando o novo segmento, temos “Orgulho e Preconceito e Zumbis”, parodiando Jane Austen, e entre os brasileiros “Senhora, a bruxa”, escrito sobre o enredo de José de Alencar. 

Diretamente dos livros para as grandes telas, “Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros” traz revelações alarmantes sobre a suposta história da vida secreta de um dos mais famosos presidentes americanos, e com lançamento já marcado para o próximo ano teremos “João e Maria Caçadores de bruxas”.

Em tempo, preparei uma pequena seleção de séries envolvendo a temática do horror e do fantástico:

terça-feira, 15 de maio de 2012

Abre a boca e fecha os olhos

uma lágrima incontida pintou seu nariz de vermelho
e de tanto chorar esqueceu até o motivo
tornou-se um costume

pensando no ridículo nasceu um sorriso amarelo,
devagarinho, tímido
mas todo sorriso tem lume

porque a vida é mesmo um espetáculo
e se tem dias que aparece uma tristeza sem razão
não a deixe tomar conta do palco
não abra as cortinas

abra uma brecha pra fazer na boca uma risada
um balaio de gargalhadas vibrantes
enchendo o espaço com a melhor das músicas,
o som de ser feliz


quarta-feira, 4 de abril de 2012

um espelho para refletir pura beleza


sempre escrevi triste,
pra buscar nas palavras o prazer e o gosto que faltavam na vida
mas hoje vou escrever alegria
pra dividir com quem lê a doçura que inundou meus dias

não passei por nenhuma experiência mística, nem livro de autoajuda
acredito mesmo que com bom humor a vida muda
quando queremos de fato estar felizes, amando sem pedir amor em troca
com naturalidade o sorriso desabrocha

universo e mente conspiram,
atraindo gente boa pra mais perto
se o lado de dentro está florido e perfumado
do lado de fora tudo começa a dar certo

terça-feira, 20 de março de 2012

o caráter é um diamante

ser quem sou tem um preço e eu pago pra ver
cultivo pessoas e hábitos que me são caros
seja lá o que isso quer dizer

tenho meus próprios valores
não aceito ser vendada nem vendida
passar pela vida de olhos fechados não é viver

pago pra ver mas não esbanjo
com meus valores quero comprar respeito,
e tem dias que dá vontade de pechinchar:
me dá um desconto!

não vou passar a vida na prateleira
esperando que alguém compre minhas verdades
eu sei quem sou e o que já vivi
meus encontros e desencontros

domingo, 4 de março de 2012

casulo de solidão


Uma criança curiosa
tenta perfurar meu casulo.
Medo de ficar desprotegida...

E se me tira do casulo
enquanto ainda estou lagarta,
e não me torno borboleta?

Vulnerável, imploro:
Não quebre minhas frágeis asas!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

borboleta cinza


Tem dias que acordo e penso:
-Sou a rainha de Mim!
No outro revolto e suspendo,
a realeza chegou ao fim.

Jogo o cetro na lata do lixo,
caçar borboletas me diverte mais.

A borboleta é cinza
cor mais sem definição
Narcisista e orgulhosa
ela se livra do casulo porque é feio,
nem lembra que é também sua proteção.

E bate asas sem destino.
Em um dia flores, em outros dissabores,
tentando apenas não ser tão comum.
Atraio e prendo a rainha borboleta numa armadilha toda feita de espelhos,
Roubei do mundo a pretensa soberana de lugar nenhum.

(E no final a borboleta sou eu)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

branca nuvem, que nunca vem


tem noite que nunca acaba
e dia que não deveria começar
quando em mim a tempestade desaba
deixo de dormir pra ela poder dissipar

no pensamento branca nuvem
até o tempo virar
fico fitando a paisagem
esperando a paz me visitar

o mesmo vento que traz a chuva
me leva embora, me evapora
na branca nuvem outra vez pra repousar